Conchita Domingo é sem dúvida uma personalidade ímpar no eixo Brasil – Espanha. Natural da Catalunha, pedagoga de ampla formação que durante a Guerra Civíl Espanhola, alfabetizou e teve aos seus cuidados 30 crianças “orfãs de guerra”.
Uma mulher de ideal e força que sempre acreditou na educação e na cultura como agentes transformadores.
Em 1952, 10 anos depois de terminada a Guerra, exilou-se no Rio de Janeiro junto a seu marido, Pere Benet Domingo e seu filho Pedrito. Se apaixonou pela cidade e seu povo, e em 1953 nasceu sua filha Pilar. Seguiu ministrando até que na década de oitenta assumiu o cargo de Delegada de Cultura Hispânica e por iniciativa própria realizou uma série de entrevistas a intelectuais e artistas consagrados sobre a Influência da Espanha em suas vidas. Esse trabalho resultou no livro “Influência da Cultura Hispânica no Brasil” lançado em 2012 pela editora NONOAR com entrevistas inéditas de Antonio Houaiss, Daniel Filho, Darcy Ribeiro, Eduardo Portela, Ferrera Gullar, João Cabral de Mello Neto, Raimundo Fagner e Roberto da Matta e prólogo de Federico Mayor Zaragoza.
Conchita viveu seus 96 anos de forma plena e intensa, incentivando sempre a arte e a poesia.
“Temos que fazer um mundo melhor, e os inteligentes tem que fazer isso. Não podemos deixar que quatro idiotas nos atropelem” Conchita Domingo (1918 – 2014)