O carnaval carioca da década de 60 no Rio de Janeiro foi diretamente influenciado pela figura do cenógrafo carnavalesco Pere Benet Domingo.
Benet Domingo fez sua revolução de forma artística e magnífica. Com a liberdade do artista e a audaciosa precisão do arquiteto, levou o sambista de rua, o pandeirista e a baiana para dentro do sofisticado hotel Copacabana Palace e transportou para o carnaval do asfalto das avenidas Rio Branco e Presidente Vargas os foliões, fantasiados de piratas, tirolesas e melindrosas.
Benet Domingo nacionalizou a imagem do carnaval carioca num momento em que o carnaval era veneziano, em que o Arlequim, a Colombina e o Pierrot eram os ícones. Com seu olhar artístico e capacidade de realizar, perpetuou nas cenografias “Rio Sempre Rio” e “Guanabara” a imagem do Carnaval Carioca.
Decoração de carnaval ” Rio Sempre Rio” de Benet Domingo para o luxoso hotel Copacabana Palace, o folião tinha que passar sob o ‘Salto do Pandeirista” que tinha 13 metros de comprimento.
Carmem Miranda e Pere Benet Domingo, dois vanguardistas que abriram os olhos e a sensibilidade da sociedade diante da cultura e da beleza nacional.